05 PRÁTICAS LEAN DE PCP | Padronização e Análise de Processos
Está será uma sequência de 3 posts aqui no SK Blog, ensinando Práticas Lean Construction de Planejamento e Controle da Produção (PCP). Vamos lá para Parte 1?
Você já pensou em avaliar se o sistema de Planejamento e Controle da Produção (PCP) praticado em suas obras segue os conceitos e práticas da Lean Construction?
Em 2002, os professores Maurício Bernardes e Carlos Formoso, ambos referência em PCP Lean, publicaram um artigo muito interessante, no qual apresentam um conjunto de 14 práticas gerenciais que podem ser utilizadas para a avaliação de sistemas de PCP em construtoras.
Segundo os autores do artigo, uma prática é definida como “uma atividade que deve ser desenvolvida durante a implementação dos sistemas de planejamento, cuja realização possibilita a melhoria do desempenho da produção”.
No blog de hoje, apresentamos 5 práticas descritas no artigo. São elas:
1 – Padronização do PCP
Padronizar o processo de PCP por meio de procedimentos ou manuais facilita o treinamento dos colaboradores e contribui para a consistência na aplicação do PCP em diferentes obras. Vale ressaltar que é preciso treinar os envolvidos nesse processo a respeito do conteúdo desses manuais.
2 – Hierarquização do planejamento
Para lidar melhor com a complexidade e incerteza inerentes ao setor da construção, recomenda-se o estabelecimento de níveis de planejamento (longo, médio e curto prazo). Cada nível possui seus objetivos e nível de detalhe. Em termos simples, quanto maior o horizonte de planejamento, menor deve ser o nível de detalhamento das atividades no plano e vice-versa.
3 – Análise e avaliação qualitativa dos processos
O primeiro passo para melhorar um processo é entender como ele é feito atualmente, pois é necessário estabelecer uma base de referência. Para isso, é preciso observar o processo para compreender suas características, performance atual, problemas e oportunidades de melhoria. Ir ao gemba (local onde as coisas acontecem), conversar com os operários e engajá-los por meio de reuniões semanais para análise dos dados coletados em campo é fundamental.
4 – Análise dos fluxos físicos
Reduzir as perdas inerentes ao processo produtivo é o principal objetivo da análise dos fluxos de insumos e recursos que abastecem a produção. Para isso, recomenda-se o uso de técnicas de mapeamento (mapofluxogramas, por exemplo) que ajudem o gestor a visualizar tais fluxos no canteiro de obras e, com isso, identificar e prevenir perdas, além de evitar interferências entre as equipes de campo.
5 – Análise de restrições
Proteger a produção das incertezas quanto à disponibilidade de recursos como, por exemplo, material, mão de obra, equipamentos e projetos e quanto à indefinição de decisões ligadas à segurança do trabalho, logística, qualidade, etc. é fundamental para o alcance da estabilidade na produção. Essa é uma prática super importante para permitir a continuidade das operações em campo e melhoria da eficácia do PCP. Vale lembrar que essa análise precisa ser feita de forma colaborativa, ou seja, junto com os envolvidos no projeto e não somente pela engenharia da obra.
PARA REFLETIR
Sugerimos que você faça um comparativo das práticas acima com o processo de PCP utilizado atualmente em suas obras. Isso servirá como um diagnóstico e te indicará pontos de atenção e melhoria.
Mãos à obra!
Na próxima semana, abordaremos mais 5 práticas Lean de PCP. Fique ligado!
Até lá!
Referência:
2002. Bernades, M.M.S e Formoso, C.T. Diretrizes para avaliação de sistemas de planejamento e controle da produção de micro e pequenas empresas de construção. In: Encontro Nacional do Tecnologia do Ambiente Construído (ENTAC). Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. 10p.
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